Kalunga

 

Rosirene

 

A imagem faz parte da dissertação de mestrado realizada e concluída no Programa de Pós Graduação em Educação Física FEF/UNB. Intitulada: O processo ritual nas festas da comunidade Kalunga de Teresina de Goiás.

Foto: Rosirene Campêlo dos Santos

 

Kalunga, povo guerreiro.

Que da terra sobrevive,

Povo que luta, que canta,

Ergue a cabeça e encanta

Kalunga, povo sofrido.

Cantam suas dores, emoções, alegrias o dia a dia da sua gente, muitas vezes esquecidos entre os vãos e colinas do cerrado central.

Kalunga, povo brasileiro,

Gente consciente com visão de mundo e resistente.

Kalunga sim, da comunidade Quilombola! 

Com orgulho de ser negro, 

Que comemora, reza, festeja e dança.

Que no labor cotidiano, 

vira e remexe a terra, 

planta a semente e ver nascer o fruto,

Que colher o fruto e compartilhar na comunidade, por entender que o sentido da vida não é acumular, e sim partilhar.

Kalunga, que em dia de festa louva e agradece o Santo de devoção.

Que ergue o mastro, que dança a sussa, a curraleira e o forró, que reza o bendito da mesa, ver nascer o sol e amanhecer o dia.

Salve os Kalungas, suas tradições, suas lutas, festas, festejos, rituais, ancestralidade, sua cultura, sua gente. Que eles possam resistir aos interesses políticos, aos dias difíceis e aos conflitos e divergências de nosso tempo.